Por que ter ar-condicionado em casa é um luxo pelo qual cada vez menos americanos podem pagar

CATEGORIA: Economia e Saúde
DATA: 27/07/2024 – 10h30

TÍTULO: Ar-condicionado: um luxo crescente e inatingível para famílias de baixa renda nos EUA
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CONTEÚDO:

As ondas de calor têm se tornado um fenômeno cada vez mais frequente em diversas regiões do planeta, uma consequência direta das alterações climáticas globais. Este cenário impõe desafios significativos, especialmente para populações que dependem de sistemas de resfriamento para manter condições de vida adequadas e seguras. Nos Estados Unidos, a situação se agrava para as famílias de baixa renda, que enfrentam crescentes dificuldades para arcar com os custos da energia elétrica, essencial para o funcionamento do ar-condicionado.

A necessidade de climatização, que antes poderia ser vista como um conforto, transforma-se em uma questão de saúde pública diante das temperaturas extremas. Contudo, a capacidade de custear o uso contínuo de aparelhos de ar-condicionado está se tornando um obstáculo intransponível para uma parcela considerável da população americana, colocando em risco a saúde dos mais vulneráveis.

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A elevação das temperaturas médias e a intensificação das ondas de calor exigem um maior consumo de energia para resfriamento, o que se reflete diretamente nas contas de luz. Para famílias com orçamentos limitados, esse aumento representa uma pressão financeira insustentável. A escolha entre manter a casa refrigerada e destinar recursos para outras necessidades básicas, como alimentação ou medicamentos, torna-se um dilema recorrente.

A complexidade deste cenário foi acentuada por decisões políticas recentes. O anúncio do governo Trump sobre o encerramento de determinados programas sociais adicionou uma camada extra de preocupação. Tais programas frequentemente oferecem suporte financeiro ou subsídios para auxiliar famílias de baixa renda no pagamento de suas contas de serviços públicos, incluindo a eletricidade. A remoção desses auxílios significa que muitas famílias perderão um suporte crucial que as ajudava a gerenciar os custos crescentes de energia, especialmente durante os meses mais quentes.

A ausência de acesso a um ambiente climatizado pode desencadear uma série de problemas de saúde graves. A exposição prolongada a altas temperaturas sem alívio adequado pode levar a condições como exaustão por calor, insolação, desidratação e agravamento de doenças crônicas preexistentes. Idosos, crianças pequenas, indivíduos com problemas cardíacos ou respiratórios, e pessoas com certas condições médicas são particularmente suscetíveis aos efeitos adversos do calor extremo.

A insolação, por exemplo, é uma emergência médica que pode causar danos cerebrais permanentes ou até mesmo ser fatal se não for tratada rapidamente. A desidratação severa pode comprometer a função renal e outros sistemas vitais do corpo. Para aqueles que já lidam com doenças cardiovasculares, o calor excessivo impõe uma carga adicional ao coração, aumentando o risco de ataques cardíacos e derrames. Da mesma forma, pacientes com doenças respiratórias podem experimentar uma piora de seus sintomas devido à qualidade do ar e ao estresse térmico.

A população mais vulnerável, que inclui não apenas os economicamente desfavorecidos, mas também aqueles com mobilidade reduzida, sem acesso a transporte para centros de resfriamento públicos, ou que vivem em moradias inadequadas com pouca ventilação e isolamento, enfrenta um risco desproporcional. A falta de recursos para instalar ou manter sistemas de ar-condicionado, combinada com a diminuição do apoio governamental, cria uma situação de vulnerabilidade extrema diante das mudanças climáticas.

Dessa forma, o ar-condicionado, que em muitas residências americanas é considerado um item essencial, está se transformando em um luxo inatingível para um número crescente de cidadãos. A combinação de ondas de calor mais intensas e frequentes, o aumento dos custos de energia e a redução de programas de assistência social configura um cenário desafiador que exige atenção para mitigar os impactos na saúde e bem-estar das comunidades mais afetadas.

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A capacidade de manter um ambiente fresco e seguro durante os períodos de calor extremo é fundamental para prevenir doenças e mortes relacionadas ao calor. A dificuldade em custear essa necessidade básica expõe uma parcela significativa da população a riscos de saúde consideráveis, ressaltando a urgência de abordar as barreiras econômicas e sociais que impedem o acesso a soluções de resfriamento adequadas.

Com informações de Exemplo Notícias

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cjr1vj2ngrvo?at_medium=RSS&at_campaign=rss

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