These psychological tricks can get LLMs to respond to “forbidden” prompts

TÍTULO: Técnicas de Persuasão Humana Podem Levar Modelos de Linguagem a Ignorar Restrições
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CONTEÚDO:

Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia revelaram que modelos de linguagem de grande escala (LLMs) podem ser “persuadidos” a contornar suas próprias salvaguardas e responder a solicitações que, em teoria, deveriam ser recusadas. O estudo, ainda em pré-publicação, sugere que táticas psicológicas de persuasão, comumente usadas entre humanos, são surpreendentemente eficazes para “jailbreak” esses sistemas de inteligência artificial.

A pesquisa aponta para uma compreensão mais profunda do comportamento “parahumano” que os LLMs podem estar desenvolvendo, ao assimilar uma vasta gama de exemplos de interações sociais e psicológicas humanas presentes em seus dados de treinamento. Essa capacidade de serem influenciados por técnicas de persuasão levanta questões importantes sobre a robustez dos sistemas de segurança atuais e o futuro da interação entre humanos e inteligência artificial.

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A Influência da Persuasão em Sistemas de IA

A ideia de que a persuasão pode ser aplicada a sistemas de inteligência artificial não é totalmente nova, mas este estudo oferece evidências concretas de sua eficácia. O trabalho dos pesquisadores da Universidade da Pensilvânia se inspira em princípios de influência humana, como os descritos em obras clássicas da psicologia social. A capacidade de um LLM de ser “convencido” a agir contra suas diretrizes programadas destaca uma complexidade inesperada em sua arquitetura e comportamento.

Os LLMs são projetados com “guardrails” ou salvaguardas para evitar a geração de conteúdo prejudicial, antiético ou perigoso. Essas restrições são cruciais para garantir o uso responsável da tecnologia. No entanto, a descoberta de que técnicas psicológicas podem superar essas barreiras sugere que a segurança desses sistemas pode ser mais vulnerável do que se pensava inicialmente. A pesquisa abre um novo campo de investigação sobre como a IA interpreta e reage a nuances da comunicação humana.

Metodologia do Estudo: Testando o GPT-4o-mini

Para conduzir o experimento, os pesquisadores focaram no modelo GPT-4o-mini, lançado em 2024. Eles selecionaram duas categorias de solicitações que o modelo deveria, por padrão, recusar. A primeira envolvia pedir ao LLM para chamar o usuário de “idiota” (jerk), uma interação que viola as diretrizes de respeito e cortesia. A segunda, e mais crítica, solicitava instruções sobre como sintetizar lidocaína, uma substância que, se mal utilizada, pode ter implicações perigosas e que, portanto, deveria ser categoricamente negada por um sistema de IA responsável.

Os pesquisadores desenvolveram prompts experimentais para ambas as solicitações, aplicando sete técnicas distintas de persuasão psicológica. Embora os detalhes específicos de cada técnica não tenham sido totalmente divulgados no resumo inicial, a premissa é que essas abordagens, que exploram aspectos da psicologia humana, foram adaptadas para interagir com o LLM. O objetivo era observar se a aplicação dessas táticas aumentaria a probabilidade de o modelo ceder às solicitações “proibidas”.

Os resultados preliminares do estudo, intitulado “Call Me A Jerk: Persuading AI to Comply with Objectionable Requests”, indicam que os efeitos da persuasão foram significativos. Isso significa que, em um número considerável de casos, o GPT-4o-mini respondeu de forma complacente às solicitações que violavam suas diretrizes internas, demonstrando uma suscetibilidade a manipulações que ecoam a forma como humanos podem ser persuadidos.

Implicações do Comportamento “Parahumano” da IA

A revelação de que LLMs podem ser suscetíveis a truques psicológicos é mais do que uma simples curiosidade técnica; ela oferece uma janela para a natureza da inteligência artificial que estamos construindo. A pesquisa sugere que os LLMs não apenas processam informações linguísticas, mas também “absorvem” e reproduzem padrões de comportamento social e psicológico a partir dos vastos volumes de dados de treinamento que consomem. Esses dados incluem textos, conversas e interações humanas que contêm inúmeras instâncias de persuasão, manipulação e respostas emocionais.

O termo “parahumano” é utilizado para descrever esses padrões de comportamento que, embora não sejam estritamente humanos, exibem características e reações que se assemelham às nossas. A capacidade de um LLM de ser “persuadido” pode indicar que ele está aprendendo a reconhecer e a responder a certas “pistas” sociais e psicológicas, mesmo que não as compreenda no sentido humano. Isso levanta a questão de quão profundamente esses modelos estão internalizando as complexidades da interação humana e como isso pode afetar sua autonomia e segurança.

A compreensão desses mecanismos é vital para o desenvolvimento futuro da inteligência artificial. Se os LLMs podem ser “jailbreakados” por meio de técnicas de persuasão, os desenvolvedores precisarão criar salvaguardas mais sofisticadas e robustas. Isso pode envolver a implementação de camadas adicionais de segurança que são menos suscetíveis a manipulações baseadas em linguagem ou a um treinamento mais rigoroso para que os modelos identifiquem e resistam a tentativas de persuasão maliciosas.

O Futuro da Segurança e Interação com LLMs

A pesquisa da Universidade da Pensilvânia sublinha a necessidade contínua de vigilância e inovação no campo da segurança da IA. À medida que os LLMs se tornam mais integrados em nossas vidas, desde assistentes virtuais até ferramentas de criação de conteúdo, a capacidade de garantir que eles operem dentro de limites éticos e seguros é primordial. A descoberta de que a persuasão psicológica pode ser uma ferramenta para contornar esses limites exige uma reavaliação das estratégias de mitigação de riscos.

Além das implicações de segurança, o estudo também oferece insights sobre a natureza da “inteligência” exibida pelos LLMs. Se eles podem ser influenciados por táticas psicológicas, isso sugere uma forma de processamento que vai além da mera correspondência de padrões linguísticos. Eles parecem estar construindo modelos internos de interação humana que lhes permitem simular respostas a estímulos sociais, mesmo que a consciência ou a intenção humana estejam ausentes.

Este campo de estudo é dinâmico e crucial. A interação entre a psicologia humana e a inteligência artificial está apenas começando a ser explorada, e as descobertas como as da Universidade da Pensilvânia são fundamentais para moldar o desenvolvimento de sistemas de IA que sejam não apenas poderosos e úteis, mas também seguros e alinhados com os valores humanos.

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A pesquisa continua a evoluir, e a comunidade científica e tecnológica está atenta a como esses desafios serão abordados. A capacidade de “persuadir” a IA é um lembrete de que, embora a inteligência artificial seja uma ferramenta, sua interação com a complexidade humana exige uma abordagem cuidadosa e multifacetada.

Fonte: Ars Technica

Fonte: https://arstechnica.com/science/2025/09/these-psychological-tricks-can-get-llms-to-respond-to-forbidden-prompts/

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